quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Quem diria 30!

É uma brincadeira familiar perguntar no dia depois do aniversário "E aí, como se sente com ... anos?!"
E hoje posso dizer que quando a minha mãe me ligou pra fazer essa tradicional pergunta eu fiquei pensando sobre a resposta todos esses dias e formulei tantas possibilidades que já me perdi de todas pois não as escrevi, gravei ou mesmo recordo de por onde comecei a juntar as palavras.

Pois bem, como me sinto aos 30 anos?
Sinto como se tivesse 29, 28, 27...15 anos!
Sem ser piegas. Não vejo muita diferença de quem eu SOU hoje para quem eu fui há 15 anos atrás.
Sou a mesma menina que brinca, que corre na rua, que desce as escadas correndo, que tropeça de chinelos.
Que ama salto, batom vermelho, ficar descalço e conversar consigo defronte ao espelho.
Sou a mesma que aos 18 sentia falta dos 15, aos 21 dos 18...mas hoje sente falta apenas dos quilos a menos (quem nunca!), da coragem a mais para patinar, de acordar tarde na segunda-feira, de ver sessão da tarde a semana inteira.
Sou a mesma de quando tinha 29.
Com toda simplicidade e toda audácia que a maturidade veio ensinar.
Poderia dizer a minha mãe que ela fez um bom trabalho quando vi as lágrimas nos seus olhos me fitando no jantar certa de que não acompanharia meu desenvolvimento quando foi mãe aos 38.
Queria que ela soubesse que graças à sua criação me fiz uma mulher forte e segura, sensível e passional.
Virei uma "dona de casa", uma mulher casada.
Aprendi a ser adulta "na marra".
Me formei, não apenas na faculdade, mas na vida.
As dificuldades que vivemos me fez ver que posso tudo aquilo que alguns creem ser impossível.
Só depende de mim,
Ela me ensinou assim.