sábado, 24 de dezembro de 2011

Natal

Hoje vivo um Natal diferente de antes,
Cheiro de vazio, de maresia...
Cheio daquelas coisas com sentido, mas sem sentido algum.
Um Natal pra manter a tradição
Mas que em nada me parece o tradicional das minhas lembranças.

Lembro dos natais em família,
Onde todos os primos se viam, brincavam e contavam os presentes
Lembro da magia que era ver a grande árvore na casa da minha amada madrinha...
Ela parecia tão grande...nem sei se de verdade era
Ou se tudo lá parecia mágico...


Lembro do encanto de ver chegar a noite,
E a disputa pelos doces e pratos...
Amanhecer em família é a melhor sensação que eu guardo.
Abrir os olhos e ver o quarto
E sentir todos que você ama ali...bem perto...quase amontoado!

Lembro de um Natal em casa em que recebi a visita de amigos
Jogamos vídeo game, papo pro ar...
Como é boa a sensação de saber que mais alguém compartilhou aquilo comigo.

O Natal longe de casa...o grande vazio que vivi.
Minha mãe é o meu Natal!
E como pude passá-lo sem ela?!
Não sei, acho que tentei provar que conseguiria...mas não consegui!
Chorei, incessantemente.

Ironicamente foi o primeiro Natal com o homem que escolhi pra minha vida.
Mas sabe como é...um amor é diferente do outro e nesse caso,
Não dá pra comparar.
Bom seria juntar todo mundo
E ver se aquela sensação aparece novamente.

Hoje, é um dia, um período,
Em que nada faz muito sentido.
A tradição não tem mais aquele cheiro.
E o Natal, apesar de ser no mesmo dia
E da mesma forma
Nunca será como antes...

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

A Águia e a Serpente

Há uma verdade a ser dita a cada dia.
E eu aponto os erros com a maior facilidade do mundo.
E os dedos que também me apontam são rijos e fortes
São vorazes.
É um jogo baixo, eu sei.
Mas não nasci pra ficar por baixo.
Eu entro na briga,
Eu soco, eu esmurro.
O destino cabe a cada um de nós trilhá-lo dia-a-dia.
Não é um jogo de cartas marcadas
É um pega-varetas
Uma corda bamba
Onde um vento,
Um pequeno desequilíbrio pode acabar com tudo.
Nada é tão cansativo como analisar a rotina de uma serpente.
Ela se acha esperta
Pensa que sairá ilesa
Seu rastro parece imperceptível aos demais seres dessa floresta
Mas eu estarei lá
Feito a Águia que em um dia ensolarado
Bate as suas asas, abandona o alto da colina
E muda toda essa história
É uma cadeia alimentar,
Triste, eu sei.
Mas há quem diga que vale a pena
Sentir o gosto cítrico da vitoria!

domingo, 18 de dezembro de 2011

Deixo ir...

Eu abro mão
De pessoas, coisas e relações que em nada acrescentam,
Eu abro mão, sem raiva, rancor ou remorso
Apenas peço a Deus que as distanciem de mim
Para que eu viva bem, e não seja obrigada a pensar o mal
Para que eu professe a minha fé e
Mantenha o meu caráter
Para que todos os nós desatem,
Que os pesos se afastem e possamos seguir em paz.
Eu desejo que todos aqueles que me desejam ou desejaram o mal
Que tiraram suas precipitadas conclusões
Estejam de pé.
Para aplaudir o sucesso de uma grande orquestra,
Um grande espetáculo que é a VIDA,
A minha vida!




(MARINHO, Bárbara)

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Foto de um quadro. Tirada por Luís Fernando Sobreira em Porto Seguro
Sincretismos, rituais, patuás...
Há em cada um de nós uma fé adormecida.
Seja em Deus, nas forças ocultas, nos orixás,
Nas crendices da avó, no gato preto do caminho,
Passar embaixo da escada, rezar no cantinho...

Acho belas expressões de fé,
Aquele encontro íntimo com Deus,
Aquela coisa de contato com algo que só quem sente, sabe.
Um arrepio na espinha, uma benzedura, um quebranto, um abre-caminho

Todo mundo desaparece num estalar de dedos
A certeza de que tudo que preciso
é fechar os olhos e me encontrar
nos braços do meu Pai.

Reza forte, Ave-Maria,
Tudo que do mal me protege, do mal me livra.
Pedidos de bençãos, graças atendidas,
É bonito ver Deus tão simples no meio da gira.

Uma guia no pescoço,
Uma flor na mão direita,
Pés descalços,
entrega,
renúncia,
pureza.

Não é um simples cavalo,
é um benfeitor seguindo seu caminho.
São feixes de luz,
São raios de sol,
Daqui de onde estou sinto o defumar
E as almas simplórias que vieram visitar
bailam na fumaça exalada nas proximidades desse céu.

Há um Deus simbolizado,
Cânticos que embalam o espírito,
Parece que algo quer fluir por mim...

MARINHO, Bárbara.



terça-feira, 18 de outubro de 2011

Sem você por perto

Quando você vai
leva contigo um pedaço de mim
e fico inerte, sem rumo,
completamente perdida
nesse mundo imenso
e confuso

Me desejas à distância  e eu,
te desejo perto.

Quando você vai algo em mim
quer existir sem você
quer transcender
mas não me encontro
não me acho mais
não me junto,
não sei que sentido dar as coisas
que não são compartilhadas
contigo.

Quando eu fico, páro no tempo
Esqueço tudo
e nem sei o rumo que jurei dar a essa vida
Essa...que teima em existir e continuar
sem você por perto

Os dias não sabem,
não percebem que
não podem começar
e findar sem você
aqui.

E tudo é tão vazio
as piadas tão sem-graça
a chuva fria dá uma saudade danada
e os dias de sol regam a solidão
com aquele brilho
sem sentido algum

Os sentimentos tão comuns de se sentir
Não existem sem você por perto
as palavras não soam tão doces
os poemas ficam mais tristes
as cenas não emocionam
e o sono apenas vem
quando os olhos cansam de esperar
você adentrar aquela porta


segunda-feira, 26 de setembro de 2011

De dançar um poema sem sentido...

Pra relaxar eu danço
E nas loucas danças nos braços do meu bem
eu me perco
eu me entrego
e me aperto contra seu peito
como se fosse meu refúgio
como se houvesse o que ter medo.
Meu coração se esconde atrás de seus braços
nos seus afago
e no seu jeito sutil de me fazer feliz
A minha tormenta segue na escrita,
que domina meus instintos e minha ira
Que tira minha razão
e desfaz meu modo de pensar na vida
em rimas.
Ando feito bicho solto
caçando um porto,
um rumo só
uma valsa insana e incandescente
que brota nos pés da gente
um sapaetado louco
que pisa na realidade dos nossos dias
um trocar de olhares
um cheiro no cangote
um fagote
Um pequeno olofote pro destino
nos pegar felizes
de bem com o mundo
e com essa coisa de sorrir
sem razão e sem motivos
e cantar pra fazer sentido
sabendo que no fim
isso não fará sentido algum.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Busca...


Ainda busco alguém que me deixe sem palavras.
Que conteste minhas verdades,
Que diga que não tenho razão.
Que me vire a cabeça, que role no chão.
Que seja criança, sabendo ou não.
Que chegue de repente e desalinhe meu rumo.
Que me tire do prumo
Que me diga sim,
Que ouça um não.
Que saiba minhas manias loucas
E entenda com perfeição
Que decida se vai
Ou se fica
Que seja letra, som
Poesia.

Ainda busco a paixão
Que avassala e desestabiliza
A insensata vida em um dia
A doçura de não se ter muito o que querer
Aquela coisas de almas unidas
De intensidade no olhar
De sentir sem tocar
De lembrar.
Um alisar de cabelos
Um entrelaçar de dedos
Um fogo aceso, eternamente em chamas
Ora intensas, ardentes
Ora brandas.
Ainda busco o príncipe das meninas
Mas quero mesmo é o homem pra uma mulher
Que me deseje
Me anseie
Me desnude com o olhar.
Quero a pura sacanagem de dar prazer
Apenas e somente por dar.



sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Tributo à minha terra gentil...

Ás vezes me vem na mente coisas tão confusas de se escrever.
Ou porque não fazem sentido algum serem teorizadas aqui, ou porque não tenho sequer uma idéia exata de concluí-las.
E pode-se ir escrevendo sem saber ao certo como será o fim, ou mesmo, se chegará esse momento tão breve.
Foto: Internet
Estava eu pensando, ao caminhar pela cidade, em como o mundo anda, e como tudo gira. Um dia estamos numa pequena aldeia em que todos se conhecem e noutro numa megalópole onde nada parece comum.
Nada parece conhecido e não há um modo de se reconhecer ou ser especificamente reconhecido nesse mundo incomum.

Queimados sempre foi uma casa, um lar, a extensão do meu quintal por onde quer que eu andasse. Aqui eu me sentia livre, segura e feliz sem ter nenhum tipo de preocupação. A não ser o fato de que minha mãe pudesse estar me esperando para o almoço ou jantar.
Hoje, nada disso existe em mim. Não conheço as pessoas que rondam a cidade, não encontro facilmente os amigos mais chegados pela rua. E nem mesmo sei o nome das ruas! Tudo mudou!
A modernidade chegou.
E Queimados aderiu uma roupagem sutil de uma garota suburbana que pensa estar na moda. Patrimônios históricos dão lugar a prédios modernos que vão servir de fonte de consumo para essa população que cresce desordenadamente sem conhecer a nossa essência.
Nos deixamos invadir sem que ninguém pedisse licença. E tratamos de abrir as portas apenas pensando naquilo que a visita trazia embrulhado naquele pedaço de papel-de-pão.
Um baile, uma festinha, uma peça teatral, um delírio, uma oração conjunta.

Foto: Bárbara Marinho
E no abrir de olhos, a cidade inteira mudou. E quem fez parte desse processo? Quem ditou as regras?
Quem autorizou a essa pequena menina usar roupas tão curtas?
Sinto falta do meu pequeno quintal, onde eu me sentia à vontade e pedalava sem medo de perder a bicicleta.
E achava que crianças correndo na rua, ou era uma pipa "avoada" ou um pique-pega!
Jamais pensei que nesse solo gentil um moleque cresceria bandido e sem saber de que mãe é filho e nem conheceria a história da terra que pisa.

Quem hoje em dia ao subir o viaduto no entardecer de um lindo dia, aprecia o pôr-do-sol?
E quem entra numa vibe profunda olhando as poucas centenárias árvores que restam nesse solo fértil que, em meio a esse inverno, estão de folhas caídas deixando os raios de sol chegarem mais facilmente ao chão? Tentando em vão afastar o frio, ou mesmo aquecer um coração.
Foto: Bárbara Marinho
Imagino tantas coisas e possibilidades, talvez quem sabe, uma forma de descobrir os tesouros dessa cidade e expor na televisão ("As belezas de Queimados, você vê por aqui!!").
Penso em tantas coisas que vivi aqui, em tanta história que esse lugar carrega. São tantas vidas, tanta transformação, e uma beleza pouco revelada e às vezes vulgarizada. Enalteçamos nossa terra amada!
Tenho sede de reconhecer as paredes dessa casa. E de me reconhecer nesse espaço comum, incomum.
Não sei quem mudou a decoração. Não sei se vou me acostumar.
O branco das cortinas, agora tomaram cor.
As montanhas são apenas a moldura para o quadro, mas a pintura cabe a cada artista.
E para quem chega, aprecie a obra, tire fotos, guarde recordações, respire ainda um pouco do nosso ar quase puro.
Foto: Geraldo Moreira

Um dia, essa minha cidadezinha estará cercada de muros.
De grades e mansões.
De polícias e ladrões.
E de uma vida comum das cidades que crescem,
de um filho que sai de casa.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Um dia eu quero ser Deus...

Há de um dia alguém descobrir a sutil diferença entre ser Deus e ser homem.
Deus figura-se de humano nas imagens e fotos que circulam por aí,
humanos não cansam de tentar ser Deus.
Deus sempre está "nas alturas" e tudo vê, tudo sabe, até prevê o futuro!
Homens, fazem questão de estar por baixo, não vêem nada, não ouvem nada, não sabem de nada!
Futuro? Ih...só pagando a um pai-de-santo pra ver o que os "buzo" dizem.

E há quem diga que vida de Deus deve ser fácil.
Imagine várias mulheres falando na sua cabeça 24 horas por dia, 365 dias por ano, sem parar. (Afinal enquanto um continente dorme o outro acaba de acordar!)
Vários pedintes te "cutucando" a cada milésimo de segundo.
Desempregados, desesperados,
viúvos e divorciados.
Uns rezam para casar,
outros fogem do diabo e da cruz.
Uns roubam e pedem pra ninguém pegar,
outros combatem o mal e rezam para chegar de volta vivos.
E ainda há quem diga que Deus não distingue "seus filhos"
Já viram pais de gêmeos?
Eles erram as crianças a todo tempo!!!!!!
E Deus então?!?
Eu peço um carro, e ganho uma bicicleta,
você pede uma moto e ganha um Iphone.
Afinal, se somos iguais, ele N-U-N-C-A
vai saber quem é quem  e quem quer o quê!

Deus depende da fé de cada um pra se fazer notar,
Humanos?!
Tem carro, moto, jóias, perfumes, luzes e firulas
que os IMPEDEM de passar despercebidos.

Deus É a verdade.
Homens têm que provar a verdade,
fingir que acreditam na mentira e
ainda acham que tudo isso faz o maior sentido.

Deus gerencia as estações do ano,
as fases da lua,
o nascer e pôr-do-sol,
o cantar de cada pássaro.
cada fio de cabelo nascidos nas milhões de cabeças,
o ciclo de cada animal,
a vida de cada inseto,
o cair de cada folha,
o amadurecer de cada fruto...
(afinal, ele é DEUS e TEM que saber de TUDO!)

Os homens...
Não dão conta de duas contas em redes sociais,
de três contas de e-mail,
reclamam de ter que atender ligações do trabalho nas horas de folga,
e da família na hora do trabalho.
Não sabem onde guardam as coisas,
esquecem o número do próprio telefone,
o aniversário da mãe (sem falar em datas de casamento, namoro e noivado)
e ainda acham que é coisa demais pra "administrar".


Seus maiores conflitos resumem-se em coisas voltadas para si.
E como se não bastasse, ainda pedem a ajuda de Deus!

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Domênica

Não dá pra dizer que vai ser fácil.
Não vai ser fácil acordar todas as manhãs, olhar pela porta e não ver sua carinha me "sentindo" de longe,
Não vai ser fácil todo dia de noite dar "boa noite meninas!" sem lembrar que você não está mais lá,
Chegar do trabalho e ter que gritar duzentas vezes "Não sobe!Olha minha perna!" e depois sentar no chão afagando seus pêlos ásperos mas que agora, me fazem tanta falta.
Olhar tudo em volta e lembrar quanta bagunça a dupla dinâmica fazia,
E ainda perceber que meu quinteto fantástico agora é um quarteto sem graça.

E hoje, errar o nome ao chamar pra brincar e sentir o arrepio da ausência rasgando a pele.
Perceber os olhos lacrimejando cada vez que lembro do nosso último adeus.
Lembrar que eu não estava lá quando você partiu.

Não dá pra dizer que vai ser fácil colocar outro em seu lugar,
Porque esse lugar é só seu e essa é a nossa história.
Porque cada dia sem você é um reaprender a entender as manias dos outros quatro
que também amo, mas que respiraram sua essência e brilharam o seu brilho todo esse tempo.
Às vezes acho que eles também choram.

Amo cada dia saber que lutei tanto pra que você fizesse parte da minha vida.
E ter feito parte da sua, saber que nos amamos incondicionalmente como dois humanos ou dois animais.
De ter te desejado pra mim, desde o momento da sua vinda ao mundo, sim, és como filha pra mim!
E sofro como uma mãe a sua ausência nos meus dias.

Eu fui você e você soube entender tudo que meu olhar dizia.
Nunca gostou de me ver chorar, mas partilhou minhas alegrias.
Soube me dizer adeus da maneira mais linda que sabia (e podia) e que as condições físicas permitiam.
Desculpe se eu não tava lá pra ver e sentir seu último suspiro,
Mas é que no mundo dos humanos as atribulações exigem um pouco mais.

Quem sabe o destino não quiz assim?!
E de repente você escolheu me deixar sair pra buscar ajuda
Sabendo o tamanho da dor que seria...
Me despedir.


* Post iniciado em 23/03/2011 às 13:54h e finalizado hoje.

Borboletas

Ar de liberdade,
toque de leveza,
voando de flor em flor
Abre asas para a beleza.

Pensamento pode ser livre
A alma pede clareza,
Voando mundo afora
Lá se vai
A borboleta

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Sabem que eu ando sumida...
É que parece que a inspiração que às vezes me invade, se esvai com a mesma facilidade e rapidez com que chega.
E nem sempre há tempo hábil para torná-la um post, um poema, um conto.
Nem te conto.
Dia desses tive o insigth de uns versos enquanto tomava banho. E como celular é algo que parece que depois que se tem, não se vive sem. Estava o meu lá, no banheiro.
E num súbito processo de criação comecei a gravar as palavras que fluíam em mim, com a mesma intensidade da água morna que escorria por minhas costas.
E findado essa "vibe", tentei ouvir tudo o que disse, (pago $1 se alguém me ajudar a lembrar) percebi que só havia espaço de 0:05 para as notas de voz.
Foi o tempo de um suspiro.

sábado, 14 de maio de 2011

Todas as cartas de amor são ridículas

Eu sou do tempo do e-mail, da era digital, do SMS.
Mas minh'alma é do tempo do papel-de-cartas perfumado, das letras deslizando sobre o papel de seda a desenhar as palavras vindas das profundezas de um ser que sofria de amor, vivia por amor.

Sou de um passado tão próximo, mas por horas tão distante, que me lembro dos bilhetinhos de amor, dos coraçõezinhos flechados, do nome do "bem-amado" bem coladinho ao meu em cada canto da folha de um caderno de versos e poesias.
Sou do tempo que as meninas sonhavam com a valsa dos 15 anos e depois com o véu de noiva e suspiravam só de imaginar a noite de núpcias.
Já diziam nesse tempo que as cartas de amor, se há amor, tem de ser ridículas. E é verdade! Não há nada de ridículo em amar, em buscar pelo ser com quem se quer passar a eternidade dos dias.
Cometer desatinos, loucuras e dar vexame.
Se fazer notar, se fazer de amigo.  
Afinal, são as criaturas que nunca escreveram cartas de amor que são ridículas!

Sou completamente literal, amo ler, amo expor as idéias em palavras, amo reler cada trechinho de um bilhete deixado sobre a mesa, de um cartão de felicitações, de uma declaração de amor.
Amo a sensação que me dá saber que alguém dedicou-me aqueles versos, que me "sentiu" naquela música, que me viu de um jeito só seu.

Abaixo à hipocrisia desses tempos modernos, onde com um simples "delete" se resolve tudo.
Onde as palavras vêm sempre de um site de busca e num tal de "ctrl+c" e "ctrl+v"consegue-se dizer tudo aquilo que se diz sentir.
O papel tem um sentimento tão profundo embutido em si, que até para se despedir de uma declaração de amor antigo, dói.
E cada rasgo que se faz é um corte que se dá na alma, é uma perda irreparável daquilo que significou um tudo, em um para sempre.
É como se com ele fosse um pedaço da gente.

Nos amores de hoje, te ver e não te querer é tão provável e possível, num simples liga e desliga de web cam e os sentimentos vão e vem numa frequência tão inconstante, que não se ouve dizer sobre "sofrer por amor".

Eu quero o sonho de menina, quero letras e versos, quero conhecer a caligrafia de quem eu amo.
Quero poesias feitas pra mim!
E mesmo que esse momento não seja eterno, posto que é chama, mas seja infinito enquanto dure!
E se não durar, eu quero chorar!
Até parecer que vou morrer.
Até que essa dor passe, que tudo acabe, que todo esse sentimento morra dentro de mim (ou não), e que eu consiga seguir, sozinha.
Até que tudo recomece outra vez e outra vez.
Porque o amor é um ciclo, é um vício. Um sentimento bandido, que ora é completamente seu, e logo de outro alguém.
E como agente não descansa enquanto não pega aquela criatura, vamos seguindo nessa tortura que é o mal de amar.
E pra não dizer que não falei das flores, fico a pensar, quantas meninas não desejaram ganhar aquele buquê de rosas, que não podia ser vermelha e nem chá.
Era um tom rosado suave, que dava a entender e dava o que falar.


Cansei dessa coisa de enviar TORPEDO, SMS e quantas siglas mais essa falta de calor humano tiver!
Quero o encanto de uma rosa colhida na beira da estrada, fugida pelo muro de um jardim vizinho, aquela sensação de beijo roubado, de corpo trêmulo e olhar marejado.
Quero imaginar que posso acordar com uma serenata na janela. E uma composição de Cartola a embalar nossa hora de apenas ficar junto.
Quero fazer coleção de papéis de bala e embalagens de bombons, quero ter lembranças em pequenas coisas, e viver momentos intensos, sem que intenso pareça ou tenha uma conotação sensual.

Vamos esquecer essa onda de que romantismo é brega, porque brega é não ter sentimento. E não me venham dizer as mulheres que não faz falta um dengo, um chamego, um cafuné.
Que não é gostosa aquela sensação de apelo que só um homem apaixonado tem. E quem já viveu isso sabe bem. É um caminhar entre as nuvens, é uma fina sinfonia. É a certeza de que se tem pra quem doar a lua e ver o brilho das estrelas.

Quem me dera o tempo em que eu escrevia, sem dar por isso, cartas de amor como as outras, ridículas. E era nas palavras que eu moldava o meu sentimento e remetia a um bem, que antes, nem importava se corresponderia ou não à minha expectativa, pois o que valia era essa coisa sadia que é gostar de alguém.
Os amores platônicos embalavam as madrugadas frias, e fizeram nascer poesias, chorar lágrimas de uma solidão que não doía. O ficar perto era o auge do sentimento, um olhar ou "olá" dizia mais que um "amo você", tão banalizado hoje em dia.
E no momento do beijo, que mais parecia um gracejo, uma mistura de sentimento inocente, uma coisa doida que dava na gente, uma calma, uma agonia, uma ansiedade, uma explosão de alegria.
Uma cartinha no dia seguinte dizia: Quer ser minha namoradinha?




"...porém não tive coragem de abrir a mensagem 
Porque na incerteza eu meditava, dizia
Será de alegria, séra de tristeza..."
 

quinta-feira, 5 de maio de 2011

O ciclo da impaciência.

Já tem um tempo que não escrevo, e nem sei pra onde foi a inspiração que eu tinha.
E remexendo as minhas angústias e minhas ânsias, tentando saber como é que esse ciclo se dá na minha vida, encontrei nos rascunhos deste blog, pequenos trechos que em um dia comecei a escrever tentando retratar aquilo que passei, senti, pensei.
Hoje, posso dizer que vivemos em um estado cíclico de emoções que se repetem constantemente ora mais brando, ora avassaladoramente profundo.
Me encontrei hoje nas palavras antes escritas:

Começando a manhã de hoje com várias idéias na cabeça. E a triste sensação de que tudo está se revirando dentro de mim. E pior. É algo não-físico, mas mental, espiritual. Sou pouco resistente a chateações, não tenho saco pra entender ou simplesmente causar desconforto e sair ilesa.
Minha sanidade às vezes frágil me permite chutar o balde e ligar o meu foda-se mais alto grau de impaciência pras coisas cotidianas que acontecem sem razão, e que depois de derramado o leite, não adianta, o copo não encherá da mesma forma. (Trecho escrito em 11/01/2010, mas que se completa com o trecho abaixo escrito em 13/12/2010)
Pra quem não sabe ou pouco me conhece, sou muito ligada a coisas espirituais, espiritualistas...tipo horóscopo, mapa astral, essas coisas...E dia desses lendo o Personare (joga no Google) lá dizia que eu teria que lidar com o lado mais sombrio da minha personalidade.
Gente, eu sempre estou lindando com ele!! Eles poderiam escrever lá "se você nunca conheceu, conheça agora!". Difícil é o dia estar o mar de rosas perfeito, aquele céu de brigadeiro na vida. Quando no amor vai bem, as relações familiares vão mal, quando está tudo em ordem em casa e no amor, são as intrigas no ambiente profissional que tiram o sossego.
E além do mais, quem nunca se viu no espelho irado? Com raiva? Vontade de sumir, ou sumir com alguém? (não, isso não é uma ameaça!!!rs)
Quem nunca teve aquela vontade de dar o troco, se vingar? Ganhar só pra mostrar que era melhor?
Isso pra mim é meu lado sombrio. É quando na hora da raiva viro um turbilhão de palavras que ofendem e que pra mim fazem o maior sentido, mas que machucam e corroem a alma de outra pessoa além da minha.
E sabe que pestando bem atenção no lado sombrio que temos que lidar todos os dias, percebo que o sombrio nem sempre é ruim. Dependendo do calor, você agradece se achar espaço numa sombra! Sua sombra te acompanha onde quer que vá. O sombrio em cada ser humano é aquilo que dá coragem, faz você ter vontade de voar e acreditar que mesmo sem asas, você pode! Ao mesmo tempo que sombrio pode ser um momento de introspecção onde você reavalia suas atitudes, os caminhos e decisões seguidos até agora.
E continuando essa reflexão hoje (05/05/2011), digo que meu lado sombrio está cada dia mais aflorado, que minha impaciência e intolerância a certas atitudes medíocres que as pessoas desenvolvem estão cada vez maiores. Se ser sombrio é estar sempre pronto a responder às ameaças da vida, das pessoas. Se é estar sempre atento, mas calado. Diminuir o sorriso e a "bestidão" em ser hilariamente A SIMPÁTICA da festa. Prazer. Essa sou eu. Pelo menos até que esse ciclo termine.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Sinto Falta...

Sinto falta do tempo de menina,
Das coisas inocentes, daquela livre razão de ser quem se é...e pronto!
Sinto falta das "queimadas" na rua,
Do amor platônico, dos segredos escondidos por trás do ingênuo sorriso,
da troca de olhares que dizia mais que tudo,
de um "olá" que valia mais que um beijo,
um lampejo, um palpitar
Sinto falta dos "amigos para sempre...lalaialaialaia"
Das conversas sem sentido, mas que deram tanto sentido a vida que tínhamos
Aquelas loucuras insanas que fazíamos juntos,
e a maravilha que era compartilhar coisas simples.
A alegria de viver era tão nítida, que nem precisava ser postada em páginas sociais.
Sinto falta da falta de tempo pra notícias ruins dos jornais.
Ah!Quanta falta me faz!
Saber que as emoções que vivi não voltam mais
Que as pessoas que amei e as que nada senti
se tornaram iguais.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Em pedaços...

Esses dias foram difíceis.
Difíceis para encontrar inspiração para escrever e para libertar meus sentimentos.
Sofri a perda, a doce perda de ver um amor inocente partindo e nada pude fazer.
Isso dói. Dói muito.
E os sentimentos são tão inimigos nossos que uma perda faz você cair em um buraco tão profundo de dor e lágrimas, e faz relembrar tantas coisas que se foram.
Tantas vidas que escoaram pelas mãos,
Sentimentos que poderiam ter sido melhores vividos,
Fatos que poderiam ter sido evitados.
É uma mistura tão confusa, tão doída, tão...intensa, imensa, insana!
Que me faz entregar atitudes infantis, românticas, platônicas.
Afasta de mim coisas e pessoas, que eu só queria...perto!
Estou intensamente consumida por uma dor tão minha, tão única, que sou capaz de chorar por horas sem que minhas lágrimas sequem.
Que sou capaz de andar milhões de kilômetros na tentativa de fugir de mim
E ao me encontrar adiante, começar a traçar o caminho inverso, sem me dar conta.
Estou triste. E sei que poucos um dia saberão que esse momento se passou.
Alguns levarão marcas.
E apenas um terá que se reerguer pra continuar.


 


sábado, 12 de março de 2011

Ser "alguém na vida"

Quando somos pequenos nossos pais nos ensinam que temos que estudar para "ser alguém na vida" e hoje, nessa madrugada de sono confuso, que vai e vem, eu digo:
- "Ei mãe!!Eu estudei! Me diz agora quem eu sou!? Me diz agora que vida é essa que espera por aqueles que estudam, que lêem, que se mantém informados, que falam um segundo idioma, que são "antenados". Me diz agora que, tenho tudo isso assinalado, qual é o próximo passo?
Não há caminhos que alguém possa percorrer pela gente, essa é a lição que aprendi. Temos que trilhar o caminho e de preferência com os próprios pés.
Estudamos, nos antenamos, casamos, procriamos...em busca do tão falado FINAL FELIZ, o "lá  na frente" a que alguns mais velhos se referem. E me pergunto: E se o final  não for tão feliz assim? E onde fica esse bendito final? Quando eu sei que é o final?
Final é chegar aos 60 anos e enumerar os feitos, as conquistas, contar os netos correndo pela casa, os diplomas pendurados na parede e sentados na cadeira de balanço dizer: Valeu a pena!?
É só isso?!
Eu sou e estou nesta noite, nostalgicamente analítica com a vida e sabe, acho que o mundo está analítico e lógico. Acabaram-se as tradições, não fazemos mais os "rituais", família se tornou um conglomerado de pessoas, de certa forma, estranhas. Onde ninguém conhece ninguém, não se dialoga, nem partilham os anseios e os fatos do dia.
É frio e chocante pensar assim, eu sei. Mas me diz então qual a essência da vida? Se o mundo vai caminhando nesse passo onde somos levados por uma onda de  que temos que ser "capazes", porque os incapazes serão excluidos do "sistema". Que sistema?! Um bando de burocracia impostas por nós mesmos a nós mesmos e a nossos "hermanos"?! 
Ah! Entendo! É uma maneira simplista de dificultar as coisas.
Eu não estou pessimista, nem estou pouco entusiasmada, apenas estou querendo um pouco de reflexão. Somos criados baseados no fato de que um dia teremos tudo aquilo que o dinheiro pode comprar, claro, mediante estudo, uma boa escolha profissional e conhecer pessoas influentes. Traçamos nossa adolescência como uma troca justa entre diversão e interesses. Prazeres e disputas. Amamos os nossos amigos, contanto que sejamos o primeiro da lista e que o grupo goste mais de mim do que de qualquer outro, lutamos bravamente por um espaço no grupinho popular, chamamos a atenção, viramos os olofotes. A vida é um ciclo que se repete. E quando vejo os jovens de hoje , lembro que dia desses eu tava nessa batalha que, hoje, percebo não faz diferença nenhuma quem ganha ou perde. 
Se você é o CDF ou o desleixado, o popular ou o "invisível", a gata ou a patinho feio.
A essência é o que vale. O que somos, o que formamos de caráter com as lições que a vida nos dá é o que fica. E não importa muito quantos certificados você tenha pendurado na parede, basta um ideal, manter a rota, identificar os percalços do caminho, chorar no colo da mãe de vez em quando, e seguir em frente. 
E se ser alguém na vida, dependesse de diplomas e certificações, o cargo mais alto de um país, não teria sido ocupado durante 8 anos por um cara que não tinha graduação, não falava outro idioma,  apenas aprendeu com a vida, manteve o ideal e sonhou.

sábado, 5 de março de 2011

Há algum tempo não escrevo no real sentido que há em mim, essa tranfusão de pensamentos e sentimentos que tenho com o mundo ao redor, com meu universo interior.
Andei tentando me encontrar nesse mundo moderno, confuso e pouso coeso.
Sou contraditória, sou pouco firme nas coisas que quero, vagueio a mente sem rumo e sem tino
Sinto mais do que penso, racionalizo mais do que vivo,
sinto e arde em mim uma sensação louca de sair pelo mundo gritando as verdades que minha carne sente queimar, que minha mente percebe sem eu querer.
Não quero ser a careta, mas a saidinha não é meu tipo.
Não dá pra dividir em duas partes o coração de um amor, mas bem que se poderia.
Não dá pra ter liberdade de expressão numa época pós repressão, onde caes de guarda avaliam cada linha que escrevo querendo julgar com a censura de noutro dia minha conduta, meu ser.
Não vou me render
Se não quer assim, não queira.
Caio fora, de um hora pra outra.
Eu sou do desatino, eu me desalinho
Vou pular da janela do meu quarto, são 1,20m de pura adenalina.
São as mentiras que escondo e as verdades que revelo que me dizem que devo seguir
E por mais que eu, que você e que nada
faça o menor sentido
Eu insito...
Viver é o que há de mais profano e estranho.
Mais dopante e anormal.
A vertigem da ida e a incerteza da volta,
O beijo roubado,
O amor que não se tem,
A vida la fora...
O mundo...o trem
Tudo é como deveria ser...ou não...
Onde errei,
onde estou quando nada em mim está?!
Onde todo meu sangue foi parar?!
cade a pulsação de noutrora, aquela coisa de esperar o passar das horas
Aquela sensaçao de chicle de menta na boca
e a vontade que arrepia o corpo quente...
Pra onde foi toda gente?

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Preciso de um tempo
Longo demais pra vivê-lo sozinha
Curto demais pra compartilhá-lo com outrem
Preciso de liberdade,
Mas aquela que só eu posso me dar
De ser, pensar, viver e falar
O que me vier na idéia
Sem dar e nem dever nada a ninguém

Preciso de tanto e tão pouco
que tudo é simples e complexo
E não tem razão nenhuma de existir tristeza
Se a única alegria que preciso
não virá de lugar nenhum
que não seja de dentro de mim!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Redes Sociais

Em uma época de contatos "on line" - "off line" sempre me pergunto aonde essas coisas vão parar. Qual será o fim derradeiro pra tanta difusão de informação, tantos "amigos", contatos, tantas redes sociais com tantos fins diferentes? Se você quer arrumar um flerte entre para o "Badoo", se você gosta de ler, cadastre-se no "Scroob", se você quer amizades, joguinhos e "conhecer" virtualmente pessoas, tendo em mente a finalidade de sempre se expor e ver a vida alheia exposta, entre para o "Orkut" e atualmente para o "Facebook", que eu admito gostar mais por ter um visual mais dinâmico. É mais rápido de acessar e você não precisa entrar no perfil dos seus conhecidos para saber o que eles andam fazendo, lendo, vendo. A versão nova do Orkut teve essa mesma intenção, mas ficou complicada, pesada e com muitas informações inúteis, diga-se de passagem.

E partindo do ponto que hoje em dia passamos pelas pessoas e não cumprimentamos, e depois estamos no chat "on line"  falando e contando segredos, dizendo que "adoro tc com vc". Ou pior, moramos na mesma cidade, no mesmo bairro e vivemos digitando "Amigaaaaa, saudades!". Uma bicicleta no meu tempo, resolvia tudo. Curtimos uma balada, mas ficamos o tempo todo posando para fotos, ou mesmo lamentando não ter trazido a cam ou mesmo não ter ainda um Smartphone pra enquanto vai de casa pra balada ir postando "uhuu...é nois galera!!Essa noite vai ser show, vamus beber todas!" ou mesmo, "gente, que casa linda, estou encantada com a casa luxuosa que entrei agora, vocês não fazem idéia!". Tenho medo disso.

A internet facilita muito a nossa vida. Passamos a separar as pessoas por grupos, colocamos em nossos contatos o sobrenome com o lugar de onde conhecemos ou o setor da empresa que trabalha: "Rejane Pilates", "Roberto Telefonia". Poupa um tempo danado! E você vai mudando e se adequando a cada faceta desse mundo moderno que, quando passa o tempo nem imaginamos onde tudo isso começou. A exemplo do meu primeiro dia no FB...pra quem não entende, Facebook. É verdade minha gente, no primeiro dia eu nem sabia como tudo funcionava e achava uma perda de tempo ter criado uma conta nesse troço. Hoje, antes de abrir meu e-mail (pessoal, comercial, de lazer), abro o Face. Comento, curto, posto links, compartilho. E de certo, não imagino mais o dia passando sem eu dar uma olhada, mesmo que rápida, no que anda rolando na rede.

Mas nesse tempo em que a gente é quem parece ser nas redes sociais não sei bem a imagem que eu passo, e nem me preocupo muito com isso. Ok, o discursso de Big Sister de que eu "sou eu mesma a todo momento" e "tenho muitas qualidades ainda pra mostrar" já está batido demais pra ser usado aqui neste espaço. Mas o que quero deixar claro e quem sabe até refletir mais um pouco sobre isso, é que enquanto muita gente se preocupa em parecer popular, em adicionar entidades, órgãos, lugares e pessoas que nunca conheceram, visitaram ou sabem como é, eu vou vivendo do meu jeito e deixando "a vida me levar". Posto fotos que acho bacana, adiciono comunidades que tem a ver REALMENTE comigo. Só adiciono pessoas que sei quem são ou mesmo que tenha conhecido "on line" mas por mim mesma, amigos de amigos só quando rola aquele papo legal "me acha no orkut de Fulano que eu tô lá".
Particularmente, acho que aqueles que adicionam amigos de amigos, redes de amigos, comunidades e outras coisas mais que não é algo inerente a sua personalidade, aos seus conheimentos, ao seu gosto e admiração pode ter um distúrbio de personalidade, uma anomalia, algo que deve ser tratado por profissionais de saúde, da Psicologia ou até por um Psiquiatra. É uma espécie de doença do Novo Século.
Afinal, a internet pode te dar a opção de parecer ser quem você de verdade ao se olhar no espelho, ao deitar no travesseiro, não é. Você tem a opção de se tornar no seu albúm de fotos "familiar", "baladeiro", "pegador", "A sarada na praia", " a solitária intelectual", e outras tantas personalidades que admire. E isso já é um tanto quanto esperado nesse mundo virtual. Mas quando você começa a querer ser outra pessoa, a ter os amigos que ela tem, a ser parte daquilo que ela é. Isso é muito grave. E hoje em dia, é dificil conviver com isso. E sem isso. Você tira uma foto, "roubam" e postam. Você é o tempo todo chamada de "amiga" e recebe convite de possíveis "amigos" que você nunca viu, sabe quem é ou de onde veio. Por conta disso eu "só adiciono quem conheço" (nome de uma comunidade do Orkut) ou mesmo sei quem é e de onde é. Eu limpo frequentemente minha lista de "amigos", minhas preferências, minhas opções. Porque a gente muda toda hora. E nas redes sociais, a mudança contínua garante a exclusividade.

Findando este post imenso, deste dia tenso, mas tranquilo. Eu só peço um pouco mais de "identidade", de personalidade, ainda que virtual. Eu desejo profundamente que as pessoas sejam elas mesmas, por mais que todos nós tenhamos, de certa forma, uma necessidade interna de querer ser algo diferente a cada amanhecer. Não podemos perder nossos valores para estarmos "antenados", nem tampouco ter 5.000 fotos postadas para mostrar quão movimentada é a vida.
O mistério de ser desvendado, em um primeiro encontro hoje em dia acaba quando o ser desejado diz: "Eu li no seu perfil que você adora flertar, encontro às escuras e curte micareta".
A que ponto chegamos.

Abreijos!

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

"Com o peso do mundo em minhas costas..."

Meus ombros hoje estão doendo. E não é uma dor apenas física, é algo a mais.
Sinto como se estivesse carregando um peso maior que poderia, uma tonelada de problemas diversos, parece que o mundo resolveu descansar nas minhas costas e eu tenho que acabar me fortalecendo e aguentando. É um jogo dúbio, onde você nunca sabe se está do time adversário ou joga a favor da equipe. Eu queria jogar, mas perdi a aposta. São precisos muitos anos de entendimento pra perceber as manobras dessa elite furada. E eu ainda queria ser a menininha que cresceu rápido demais e amadureceu mais rápido ainda. Acho que hoje, eu saberia viver a infância que perdi tentando ser a adulta que não quero ser hoje.
O dia-a-dia de um adulto nessa terra de gigantes não é fácil e muitas vezes eu queria voltar pra casa e dormir o dia inteiro. Tomar um Nescau de colherinha, ver sessão da tarde, fazer a lição de casa e bricar de queimada na rua ao anoitecer. Eu não percebi quão fácil era essa vida na época!!!
Ser quem eu sou dá trabalho. Sustentar a postura, aguentar a tortura de um salto, uma calça, um calor infernal. A monotonia do silêncio de uma sala vazia. Um estressante dia de trabalho com pessoas conhecidas e estranhas ao mesmo tempo. Equilibrar o profissionalismo com as amizades. Desafiar sua intuinção e cegamente confiar, esperando apenas o momento certo de ser sacaneado e ter que resolver tudo, sempre da pior maneira possível, afinal, ninguém disse que seria fácil. E se fosse, não teria graça! É isso que digo pra mim ao anoitecer tentando relaxar. Sei que há muitos profissionais com uma rotina desgastante fisicamente, mas a mente fica sã, vagueando. Uma cerveja com os colegas e o trabalho ficou pra trás. Eu durmo e acordo pensando nas mesmas pessoas, situações e coisas. Uma amiga diria que virei uma " workaholic"  eu prefiro acreditar que uma viagem ao nordeste resolverá tudo. Aquele sol, aquela brisa, aquela água esverdeada, preciso de férias - só isso!
Gerenciar mentes ilustres, que sacam de várias coisas, que antenam pra contatos, redes de facilitadores, que indicam e exoneram, que chantageiam, que ficam confabulando contra e a favor de alguns mas que no fundo são inocentes pra coisas simples, pra maldades idiotas, que eu, vivi na escola, e eles ainda tropeçam nisso hoje - dá trabalho.
 E o mundo que carrego, lamento informar a quem lê. É um mundo de fantasias torpes. Um mundo onde nada daquilo que parece é, e nem sempre o real partiu de um imaginário saudável e bom. Se a nossa mente tem poder, um dia eu posto aqui a reviravolta. Se o ditado antigo - Aqui se faz, aqui se paga! - ainda vale no novo século, tem muita gente com débitos altos a pagar nessa louca vida, nesse louco "Duelo de Titãs".

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Transmutar

Transformar exige um pouco de sabedoria e inteligência. Não é todo mundo que consegue mudar. Uma situação, o rumo, a si próprio. A força de vontade tão falada é importante, sim! Mas esse processo de transmutação e eu prefiro esse termo à transformação, pois transformar me parece radical, passa a idéias de acabar com uma coisa em prol de outra. Enquanto transmutar é você ir trocando de princípios, de opinião, de visão de mundo, de tudo. É um processo. Que no final, pode ou não ser considerado uma "transformação".
Ainda preciso transmutar e por fim transformar, e espero que continue assim por vários anos. Afinal ser completo e pronto deve ser um saco!
E falando em transmutar me vem várias coisas na cabeça que nem sei se consigo esplanar em termos simples, afinal, estive enferrujando nesses dias sem escrever.
Pensem como é simples o amor na infância e na juventude, acho esse o exemplo mais simples do que chamo de "transmutar", trocar uma coisa aos poucos pela outra. Se você lembra desses amores, de certa forma você hoje, já transmutou, sente um carinho, uma coisa de "parte do passado que é gostoso de manter", mas não é o mesmo amor, a mesma vontade de querer estar junto, de ter para si e para sempre.
Na adolescencia, vêm alguns traumas, um pé na bunda, um fora, um amor não correspondido, coisas que de repente façam com que essa "transmutação" seja inversa, e ao invés de carinho, se torne repulsa, raiva, mágoa. Mas mesmo assim, o sentimento mudou.
Quando adultos, vivemos naquela de achar que amamos, de vez em quando vem a dúvida, a liberdade dá saudade, e há uma confusão tão grande de sentimentos que só vai se saber se transmutou ou não lá pra frente, na velhice ou nunca nem saberá.
Precisamos transmutar energias e pensamentos a todo momento, afinal vivemos numa selva de gigantes, onde cada um quer seu espaço, sua posição e se possível esconder seus fracassos.
E tudo isso fica empregnado na atmosfera que respiramos, vivemos...e de certa forma contagia. Um pensamento 'negativo' contagia muito mais rápido que um positivo. Experimente chegar em um local e dar um simples "Bom dia!!!" alegremente, vão te achar doido, rico ou debochado mesmo. Mas se você adentrar o recinto com cara de exaurido de tristeza e dar um "é...mais um dia...." você automáticamente vibra na frequencia da energia predominante, a negativa.
Bem, como ia dizendo, preciso transmutar muitas coisas, muitas energias, muitas situações. E esse processo tem a sutileza de ser algo que só eu posso realizar. Não há no mundo alguém que o faça por mim.
Preciso de sorte! E claro, força de vontade "constante e crescente"!!!

domingo, 23 de janeiro de 2011

Esses dias andei sem inspiração para escrever. Não quer dizer que não faltaram idéias, foram muitas até, mas nenhuma fez com que eu pegasse o netbook ou mesmo um papel e rascunhasse as palavras que teimavam em surgir na minha mente.
Ando tentando esvaziar. E ao mesmo tempo amadurecer as idéias para depois expô-las.
Sei que faz pouco sentido até pelo título do blog, e pela minha natural impulsividade em falar o que penso ou sinto. Mas o tempo vai passando e a gente peneira as idéias e começa a achar que nem tudo vale a pena ser dito, escrito, expressado.
São sentimentos estranhos de querer muitas coisas ao instante de não querer simplesmente nada. Uma coisa de planejar metas que nunca talvez sejam cumpridas pelo simples fato de querer ter algo pelo que almejar, sonhar, correr atrás ou na frente.
Os meus prazeres são simples, pelo fato de eu saber que posso realizá-los a qualquer instante. Meus anseios são grandiosos baseados na amplitude do mundo e no poder aquisitivo que pretendo alcançar.
Sim, eu tenho metas fianceiras e financistas. E quem não tem?! Porque tomar Nescau a vida toda se posso beber um chocolate dos Alpes suíços?
O fato é que hoje, eu precisava escrever uma linha, mesmo que nada faça nenhum sentido. Apenas para reaver a minha criatividade, a minha inspiração e a minha liberdade de expressão!!!

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Penso, Sinto e Digo!!!

A respeito de hoje, quero deixar claro que não espero grande coisa desse espaço. Quero dizer a mim mesma que abandono todas as folhas de papel que gastei ou que poderia vir a gastar e passei a acreditar na tecnologia de um blog. Respeito essa atitude, ainda que ela não faça sentido.
Mas não criei um blog para ter sentido...seja ele político, religioso, romântico ou mesmo instrutivo.
Criei este blog para postar minhas ideias da forma como vierem a minha cabeça em qualquer lugar onde eu esteja e haja um computador com acesso à internet. Criei na intensão de colocar pra fora do meu peito tudo que sinto...sem ter a sensação de que alguém vai estar com um martelo dando um possível veredito.
quero dizer o que penso, sinto, faço...quero que uma parte de mim ainda exista, aqui, mesmo quando for preciso que eu seja outra pessoa.
Quero me encontrar nas minhas palavras, quando o mundo tiver consumido alguma parte da minha personalidade, ou mesmo, que em algum momento, eu tenha que ser uma personagem.
Aqui sou eu! Quem eu sou...e nada mais...sem meias palavras...sem frases evasivas ou pedidos de desculpas.
Sem medo de ser grossa ou sincera demais...
Sem medo de enfrentar meus medos!


* Este texto foi criado para ser o início deste blog. O perdi juntamente com os demais textos abaixo publicados e hoje, após recuperá-los deixo-os aqui, onde sempre deveriam ter estado. *

Um dia de chuva

Um dia de chuva é suficiente...
Para destruir uma cidade...
Para mudar uma vida...
Aflorar uma saudade...
Causar agonia.

Um dia de chuva...
Muda toda uma história...
Deixa vazia a memória
De tudo o que foi um momento bom.

Um dia de chuva...
Tira o brilho de vários dias de sol...
E me faz revelar segredos...
Abrir meu coração.

Um dia de chuva...
Ah! Que chuva!
Fez com que eu repensasse...
de quantas tempestades eu tentei fugir!

* Escrito em 09/04/2010 *

Sensações

Um certo frio na espinha,
Um calor vindo do corpo que me aninha.
Dedos frios, mãos trêmulas.
Uma doce sensação de estar segura, nua, pura.
Risos, brilho no olhar, aquele jeito de quem quer, mas não dá.
Ah...
O envolver no mistério, a caça, a presa.
Sem armas.
Sem medos.
Sem argumentos.
A cama macia, a imagem refletida.
E nada mais faz sentido,
Só há instinto,
Desejo ardente que consome o corpo,
A alma, a mente.
E de repente, dois corpos se tornam um,
Uma mágica fusão.
Os olhos já não respondem pelas sensações do corpo...
O corpo já não responde a qualquer chamado da mente.
A alma? Quem disse que ela existe...
Um suspiro suave...
O pulsar do coração...
Um afago...
Um gemido...
A satisfação de se ter consumado, consumido.

* Criada em 30/09/2010 às 15:59h *

A Arte de Seduzir

A doce arte de seduzir...quem a ensina?!
Seduzimos com o olhar,
com um balançar de cabelos,
um estalar de dedos,
Seduzimos quando...
Soltamos uns suspiros sem porque,
Falamos umas bobagens,
Rimos a toa,
Ficamos em silêncio,
Trocamos mensagens...
As vezes nem notamos,
mas a sedução está ali,
esperando um alvo certo,
Alguém a quem se vai atingir...
Ah danada vaidade!
Que contabiliza no intimo o tamanho da maldade
dominamos a situação,
e nunca somos dominadas,
queremos perder o controle,
mas algo nos mantém controladas.
Há um certo ar de pudor,
coisas que quem sabe explicar?!
Um louca vontade de ir,
mas é hora de voltar.
É preciso ter coragem,
pra arriscar esse caminho,
que mal há nessa história!?
É só um pouco de carinho...


* Criada em 28/05/2010 *

Estou de volta...

Ganhei asas...estou de volta!
A liberdade me fascina e já não quero mais pousar...
Sinto a brisa em meu rosto,
a vertigem de olhar tudo do alto!
A leveza do meu corpo, o brilho nos meus olhos...
A sensação de que posso tudo!
Ai, um absurdo!
Parece que me encontrei em uma esquina da vida
E nem havia percebido antes,
o quanto havia me perdido.
Agora eu sou mais eu...
Antes algo prendia meus pés,
mas hoje eu posso voar.
Nada mais me detém,
ninguém me tem.
Eu sou minha, e quero todo o mundo!
Vou chegar onde meu pés me levarem,
quem quiser, que me acompanhe...
Eu não paro mais no meio da estrada,
vou seguindo meu caminho...
Agora é TUDO ou NADA!


Sessão nostalgia pura!!!
* Criada em 02/05/2010

Duas mulheres

Dentro de mim há uma mulher louca!?
Que insiste que a vida é um rock in roll enquanto eu acho que é uma valsa.
Parece sexy, sedutora e misteriosa.
Mas na verdade (e não conte a ela!) é pacata, sensível e amistosa.
Se faz de forte, durona, a dona da verdade e no fundo é uma menina meiga que às vezes precisa que a peguem no colo.
Acha que tem sempre resposta pra tudo, mas o que teme é não prever a pergunta.
É alguém inconsequente, que pensa que pode chutar o balde a todo momento, a sorte dela é que estou sempre por perto e não a deixo se perder em seu próprio deserto.
É uma "femme fatale" que adora seduzir, encantar, tem sede de "pegada" e de amar...ela quer (e isso eu não nego!) sexo, carinho, amor, despudor...tudo na medida certa!
É esperta!
Certas horas parece uma flor num jardim, silênciosa e calma.
Têm uma alma cigana ora cá, outra lá.
Outras horas é um furacão sem fim!
Fala sem parar, tem atitudes desmedidas,
é leve, solta e desprendida!
As vezes (e muitas vezes) irrita!
Ah! Quem a souber domar...
É uma felina...
Uma mulher com certezas de dúvidas contínuas,
Alguém que ora se prende e se "arredia",
Se apega...ama...odeia... é passional...
Diz que não tem ciúmes?!Ah...mal sinal!
A Bárbara é triste, eu sou alegre.
A Bárbara é forte, eu sou segura.
A Bárbara teme, eu arrisco!
Ela...é tudo isso!
Juntas, somos um rochedo de pedra arenosa...
A qualquer momento podemos desmoronar (vai encarar!?)
Mas uma coisa é certa,
Ela não fere, não mata...
Eu deixo marca!

 Mais uma do fundo do baú!!!!
* Criada em 29/04/2010 *  

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

A pessoa percebe que está normal quando:

- Alô!? Oi..tô ligando pra falar que vou chegar uns 15 minutos atrasada para o treino das 15 horas.
- Ahn?! É a Bárbara?
- Sim.
- Bonita, seu treino era as 8:00 horas!

Como assim?!

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

"E quando houver inspiração, não deixeis de escrever ao bem amado.
Para que sejam eternas as palavras que dizes e para que fiquem cravadas como espinhos na alma;
E quando na hora da raiva, não deixeis que a ira te consuma o coração
Para que não digas àquilo que não sentes e para que as palavras que aproximam também se tornem abismo entre almas.
E quando na solidão, não pense na derrota de sua alma sofrida e infeliz, que clama por atenção da Terra.
Pense que tudo que há no mundo existe pela sabedoria que vem dos Céus.
E quando tudo na vida estiver no turbilhão da tempestade,
Lembre, que na mansidão temos o descanso, mas é na dificuldade que obtemos o aprendizado."


Momento de pura inspiração, posso dizer, Divina. Pura emoção.

"que minha alma permaneça calma e serena 
e que meu espírito seja sempre guiado
pela luz da Divindade Suprema."

Bárbara Marinho 

Diários e segredos

Há um diário em cada um de nós. E muitas vezes não precebemos isso. Guardamos os nossos segredos e os segredos daqueles que confiam na gente. Sabemos de coisas que só mesmo um diário, daqueles de menina com cadeado, saberia. Seguimos a vida, e vamos mantendo nossos segredos. Antes tolos e ingênuos (como o nome do bem amado), até coisas mais sérias, constrangedoras, incriminadoras ou, sei lá. Segredos são segredos! E num belo dia como um estalo, tudo aquilo que tinha uma importância tremenda, que era a sete chaves trancado ou mesmo foi abandonado no seu baú de memórias vem à tona. Seja numa discussão com àquele ser em quem se confiava ou mesmo num bate papo descontraído, onde surge a lembrança e o fato já não faz mais sentido ficar guardado. E num repente se percebe quão grande é a necessidade do ser humano em ter segredos que ele e apenas o melhor amigo saibam.
Tinha medo disso. Medo de segredos.
Porque segredo que é segredo não deve ser contado em voz alta, nem para si mesmo. E a menos que a sua intenção seja "ficar na mão de alguém", não conte segredos. Há muita gente confiável no mundo, mas o dia de amanhã é imprevisível. Não escrevo por ter sofrido uma decepção, afinal, os segredos mais profanos eu continuo mantendo a sete chaves, se é que os tenho, acho que guardei tanto que até os esqueci. A lei do retorno é certa e inconstante. Você nunca sabe com que cabeça o seu diário pensante vai acordar depois da volta noturna que o mundo dá. Então repito: Não conte segredos. Não escreva segredos.
Segredos são parte da alma e da história de um ser que somente aquele que o vive/viveu saberá exatamente o contexto a que se enquadra e a emoção a que corresponde. Se for algo que cause dor ou sofrimento, peça a si mesmo para esquecer o fato. Se for algo bom, lembre, relembre, suspire e se possível conte!O mundo precisa de histórias boas pra continuar seu fluxo. Na dúvida se é bom ou ruim, fique com a sensação, mas jamais com o "passo-a-passo".
Amigos, são companheiros de jornada que escolhemos para partilhar emoções, momentos, acontecimentos e aventuras. Não estrague sua amizade com o peso de um grande segredo. Ele pode um dia não suportar carregar sozinho essa responsabilidade e vai dividí-la com outro alguém. E tudo bem se tudo se banalizar de forma tal que com o passar do tempo nada disso faça o menor sentido. Tudo vai depender daquilo que é segredo pra você. Vai depender de que tipo de histórias você alimenta o seu diário. E ainda, que tipo de diário você é para aqueles que confiam em você.
 

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Chegando em 2011 com o pé direito

Andei nascendo de novo.
E não é toda essa comemoração de novo ano que me fez perceber isso.
Encontrei com o meu novo eu nas palavras que escrevo aqui e acolá...
E vejo quão grande e magnífica tranformação acontece com um ser humano nesse processo vertiginoso chamado VIDA.
Tenho pensamentos e atos que antes não existiam sequer na minha imaginação fértil.
Aderi a moda do vamos simbora e o que vale é o agora e as palavras têm que serem ditas não importa a forma, a colocação ou o momento.
Vejo a vida em colorido, apesar do tempo lá fora lusco fusco, leio trechos de livros sem aquele fascínio, antes doentio, de chegar ao final.
Saboreio, ah! saboreio cada sorriso que deixo escapar nos momentos mais inoportunos e me divirto com a  minha própria arte de ser quem eu sou, sem ao menos me preocupar com quem eu fui ou mesmo deveria ser.
Minha alma está leve. E deve ser por conta dos rituais, patuás, preces e mantras que fiz na minha virada,
Ou deve ser por que eu me permiti fazer A minha virada.
Virei a página, soltei as amarras,
E só um ser humano complexo como eu pode entender tudo isso que escrevo agora,
Porque quem vive de brisa, acreditando que tudo é como deve ser,
Não percebe a dimensão do que é você ir se moldando a cada segundo.
E a delícia de antes de adormecer se dar conta de tudo isso.
E sentir orgulho de si mesmo por ter chegado até aqui com saldos positivos, planos e objetivos
Acreditando que amanhã não é apenas mais um dia.
Pode ser sim, O grande dia.


"  Brindo a casa. Brindo a vida. Meus amores. Minha família"
Mar de gente - O Rappa