quinta-feira, 12 de junho de 2014

Lembro ainda do primeiro dia!
De como me olhou, das sensações pelo corpo, do turbilhão de coisas que pensei naquele pequeno instante em que nos olhávamos pela primeira vez daquela forma.
Lembro de cada detalhe dos primeiros dias.
Mas há em mim, pra ser sincera, uma falha nas demais datas.
Não consigo casar a ocasião com o dia do calendário.
 Mas isso não importa.
 Ao menos pra mim!

Lembro de cada sorriso que arrancou de mim, de cada suspiro
e das muitas vezes que sonhamos juntos.
Das suas mãos me acalmando.
Do seu carinho. Da maneira como me olha.
Não sei se nesse mundo há outros como você.
Só sei que você é simplesmente perfeito pra mim.
Porque a gente se entende, se completa.
Porque um olhar é suficiente para começar uma guerra ou para decretar a paz.
Você, sim, entende o que eu digo, e até o que sinto.

Esperta

Sempre me vi GIGANTE perante a vida.
Minha mãe me ensinou a encarar as dificuldades como degraus.
Sorrir diante da dor.
Agradecer diante de desigualdades.
Não me abater com problemas.
Nem transparecer sofrimento.
Com isso, existem dois de nós (eu, ela e meu irmão).
Aqueles que somos na essência e aqueles que parecemos ser.

Minha mãe porém, não me ensinou a encarar as injustiças com indiferença.
E nem me treinou para ser alguém que não saiba fazer a diferença.
Eu fui criada para contemplar a natureza.
Para reconhecer Deus em cada canto da Criação.
Numa folha que cai.
Ou uma semente que germina no meio do concreto.

Sempre fui esperta.
E, pra ela, até demais.
Fui uma filha "rebelde" e "respondona".
Mas apreendi as lições em seus menores ensinamentos.

Vi fruta podre cair  sozinha.
Vi quem aqui fez, pagar.
Vi a Justiça Divina na prática, devolvendo ou dando àquilo de direito a cada um.
Conhecemos as adversidades, e, em algumas vezes, nos deixamos abater.
Porém, nossas fênix ressurgiram das cinzas várias e várias vezes.
Choramos, sorrimos...
E com a vida me fiz forte.

De todas as lições que me foram ensinadas,
Apenas uma não aprendi, e , confesso, não faço a menor questão.
A de ver os fracos suprimidos por àqueles que se acham os donos dos "cabrestos".
De ver a ingenuidade ser encarada como defeito.
Da bondade não ser mais uma virtude
E sim, sinônimo de tolice e ignorância.

Mas como sempre,
Vou esperar.
Sentada!?
Talvez.