sábado, 24 de dezembro de 2011

Natal

Hoje vivo um Natal diferente de antes,
Cheiro de vazio, de maresia...
Cheio daquelas coisas com sentido, mas sem sentido algum.
Um Natal pra manter a tradição
Mas que em nada me parece o tradicional das minhas lembranças.

Lembro dos natais em família,
Onde todos os primos se viam, brincavam e contavam os presentes
Lembro da magia que era ver a grande árvore na casa da minha amada madrinha...
Ela parecia tão grande...nem sei se de verdade era
Ou se tudo lá parecia mágico...


Lembro do encanto de ver chegar a noite,
E a disputa pelos doces e pratos...
Amanhecer em família é a melhor sensação que eu guardo.
Abrir os olhos e ver o quarto
E sentir todos que você ama ali...bem perto...quase amontoado!

Lembro de um Natal em casa em que recebi a visita de amigos
Jogamos vídeo game, papo pro ar...
Como é boa a sensação de saber que mais alguém compartilhou aquilo comigo.

O Natal longe de casa...o grande vazio que vivi.
Minha mãe é o meu Natal!
E como pude passá-lo sem ela?!
Não sei, acho que tentei provar que conseguiria...mas não consegui!
Chorei, incessantemente.

Ironicamente foi o primeiro Natal com o homem que escolhi pra minha vida.
Mas sabe como é...um amor é diferente do outro e nesse caso,
Não dá pra comparar.
Bom seria juntar todo mundo
E ver se aquela sensação aparece novamente.

Hoje, é um dia, um período,
Em que nada faz muito sentido.
A tradição não tem mais aquele cheiro.
E o Natal, apesar de ser no mesmo dia
E da mesma forma
Nunca será como antes...

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

A Águia e a Serpente

Há uma verdade a ser dita a cada dia.
E eu aponto os erros com a maior facilidade do mundo.
E os dedos que também me apontam são rijos e fortes
São vorazes.
É um jogo baixo, eu sei.
Mas não nasci pra ficar por baixo.
Eu entro na briga,
Eu soco, eu esmurro.
O destino cabe a cada um de nós trilhá-lo dia-a-dia.
Não é um jogo de cartas marcadas
É um pega-varetas
Uma corda bamba
Onde um vento,
Um pequeno desequilíbrio pode acabar com tudo.
Nada é tão cansativo como analisar a rotina de uma serpente.
Ela se acha esperta
Pensa que sairá ilesa
Seu rastro parece imperceptível aos demais seres dessa floresta
Mas eu estarei lá
Feito a Águia que em um dia ensolarado
Bate as suas asas, abandona o alto da colina
E muda toda essa história
É uma cadeia alimentar,
Triste, eu sei.
Mas há quem diga que vale a pena
Sentir o gosto cítrico da vitoria!

domingo, 18 de dezembro de 2011

Deixo ir...

Eu abro mão
De pessoas, coisas e relações que em nada acrescentam,
Eu abro mão, sem raiva, rancor ou remorso
Apenas peço a Deus que as distanciem de mim
Para que eu viva bem, e não seja obrigada a pensar o mal
Para que eu professe a minha fé e
Mantenha o meu caráter
Para que todos os nós desatem,
Que os pesos se afastem e possamos seguir em paz.
Eu desejo que todos aqueles que me desejam ou desejaram o mal
Que tiraram suas precipitadas conclusões
Estejam de pé.
Para aplaudir o sucesso de uma grande orquestra,
Um grande espetáculo que é a VIDA,
A minha vida!




(MARINHO, Bárbara)