domingo, 20 de fevereiro de 2011

Preciso de um tempo
Longo demais pra vivê-lo sozinha
Curto demais pra compartilhá-lo com outrem
Preciso de liberdade,
Mas aquela que só eu posso me dar
De ser, pensar, viver e falar
O que me vier na idéia
Sem dar e nem dever nada a ninguém

Preciso de tanto e tão pouco
que tudo é simples e complexo
E não tem razão nenhuma de existir tristeza
Se a única alegria que preciso
não virá de lugar nenhum
que não seja de dentro de mim!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Redes Sociais

Em uma época de contatos "on line" - "off line" sempre me pergunto aonde essas coisas vão parar. Qual será o fim derradeiro pra tanta difusão de informação, tantos "amigos", contatos, tantas redes sociais com tantos fins diferentes? Se você quer arrumar um flerte entre para o "Badoo", se você gosta de ler, cadastre-se no "Scroob", se você quer amizades, joguinhos e "conhecer" virtualmente pessoas, tendo em mente a finalidade de sempre se expor e ver a vida alheia exposta, entre para o "Orkut" e atualmente para o "Facebook", que eu admito gostar mais por ter um visual mais dinâmico. É mais rápido de acessar e você não precisa entrar no perfil dos seus conhecidos para saber o que eles andam fazendo, lendo, vendo. A versão nova do Orkut teve essa mesma intenção, mas ficou complicada, pesada e com muitas informações inúteis, diga-se de passagem.

E partindo do ponto que hoje em dia passamos pelas pessoas e não cumprimentamos, e depois estamos no chat "on line"  falando e contando segredos, dizendo que "adoro tc com vc". Ou pior, moramos na mesma cidade, no mesmo bairro e vivemos digitando "Amigaaaaa, saudades!". Uma bicicleta no meu tempo, resolvia tudo. Curtimos uma balada, mas ficamos o tempo todo posando para fotos, ou mesmo lamentando não ter trazido a cam ou mesmo não ter ainda um Smartphone pra enquanto vai de casa pra balada ir postando "uhuu...é nois galera!!Essa noite vai ser show, vamus beber todas!" ou mesmo, "gente, que casa linda, estou encantada com a casa luxuosa que entrei agora, vocês não fazem idéia!". Tenho medo disso.

A internet facilita muito a nossa vida. Passamos a separar as pessoas por grupos, colocamos em nossos contatos o sobrenome com o lugar de onde conhecemos ou o setor da empresa que trabalha: "Rejane Pilates", "Roberto Telefonia". Poupa um tempo danado! E você vai mudando e se adequando a cada faceta desse mundo moderno que, quando passa o tempo nem imaginamos onde tudo isso começou. A exemplo do meu primeiro dia no FB...pra quem não entende, Facebook. É verdade minha gente, no primeiro dia eu nem sabia como tudo funcionava e achava uma perda de tempo ter criado uma conta nesse troço. Hoje, antes de abrir meu e-mail (pessoal, comercial, de lazer), abro o Face. Comento, curto, posto links, compartilho. E de certo, não imagino mais o dia passando sem eu dar uma olhada, mesmo que rápida, no que anda rolando na rede.

Mas nesse tempo em que a gente é quem parece ser nas redes sociais não sei bem a imagem que eu passo, e nem me preocupo muito com isso. Ok, o discursso de Big Sister de que eu "sou eu mesma a todo momento" e "tenho muitas qualidades ainda pra mostrar" já está batido demais pra ser usado aqui neste espaço. Mas o que quero deixar claro e quem sabe até refletir mais um pouco sobre isso, é que enquanto muita gente se preocupa em parecer popular, em adicionar entidades, órgãos, lugares e pessoas que nunca conheceram, visitaram ou sabem como é, eu vou vivendo do meu jeito e deixando "a vida me levar". Posto fotos que acho bacana, adiciono comunidades que tem a ver REALMENTE comigo. Só adiciono pessoas que sei quem são ou mesmo que tenha conhecido "on line" mas por mim mesma, amigos de amigos só quando rola aquele papo legal "me acha no orkut de Fulano que eu tô lá".
Particularmente, acho que aqueles que adicionam amigos de amigos, redes de amigos, comunidades e outras coisas mais que não é algo inerente a sua personalidade, aos seus conheimentos, ao seu gosto e admiração pode ter um distúrbio de personalidade, uma anomalia, algo que deve ser tratado por profissionais de saúde, da Psicologia ou até por um Psiquiatra. É uma espécie de doença do Novo Século.
Afinal, a internet pode te dar a opção de parecer ser quem você de verdade ao se olhar no espelho, ao deitar no travesseiro, não é. Você tem a opção de se tornar no seu albúm de fotos "familiar", "baladeiro", "pegador", "A sarada na praia", " a solitária intelectual", e outras tantas personalidades que admire. E isso já é um tanto quanto esperado nesse mundo virtual. Mas quando você começa a querer ser outra pessoa, a ter os amigos que ela tem, a ser parte daquilo que ela é. Isso é muito grave. E hoje em dia, é dificil conviver com isso. E sem isso. Você tira uma foto, "roubam" e postam. Você é o tempo todo chamada de "amiga" e recebe convite de possíveis "amigos" que você nunca viu, sabe quem é ou de onde veio. Por conta disso eu "só adiciono quem conheço" (nome de uma comunidade do Orkut) ou mesmo sei quem é e de onde é. Eu limpo frequentemente minha lista de "amigos", minhas preferências, minhas opções. Porque a gente muda toda hora. E nas redes sociais, a mudança contínua garante a exclusividade.

Findando este post imenso, deste dia tenso, mas tranquilo. Eu só peço um pouco mais de "identidade", de personalidade, ainda que virtual. Eu desejo profundamente que as pessoas sejam elas mesmas, por mais que todos nós tenhamos, de certa forma, uma necessidade interna de querer ser algo diferente a cada amanhecer. Não podemos perder nossos valores para estarmos "antenados", nem tampouco ter 5.000 fotos postadas para mostrar quão movimentada é a vida.
O mistério de ser desvendado, em um primeiro encontro hoje em dia acaba quando o ser desejado diz: "Eu li no seu perfil que você adora flertar, encontro às escuras e curte micareta".
A que ponto chegamos.

Abreijos!

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

"Com o peso do mundo em minhas costas..."

Meus ombros hoje estão doendo. E não é uma dor apenas física, é algo a mais.
Sinto como se estivesse carregando um peso maior que poderia, uma tonelada de problemas diversos, parece que o mundo resolveu descansar nas minhas costas e eu tenho que acabar me fortalecendo e aguentando. É um jogo dúbio, onde você nunca sabe se está do time adversário ou joga a favor da equipe. Eu queria jogar, mas perdi a aposta. São precisos muitos anos de entendimento pra perceber as manobras dessa elite furada. E eu ainda queria ser a menininha que cresceu rápido demais e amadureceu mais rápido ainda. Acho que hoje, eu saberia viver a infância que perdi tentando ser a adulta que não quero ser hoje.
O dia-a-dia de um adulto nessa terra de gigantes não é fácil e muitas vezes eu queria voltar pra casa e dormir o dia inteiro. Tomar um Nescau de colherinha, ver sessão da tarde, fazer a lição de casa e bricar de queimada na rua ao anoitecer. Eu não percebi quão fácil era essa vida na época!!!
Ser quem eu sou dá trabalho. Sustentar a postura, aguentar a tortura de um salto, uma calça, um calor infernal. A monotonia do silêncio de uma sala vazia. Um estressante dia de trabalho com pessoas conhecidas e estranhas ao mesmo tempo. Equilibrar o profissionalismo com as amizades. Desafiar sua intuinção e cegamente confiar, esperando apenas o momento certo de ser sacaneado e ter que resolver tudo, sempre da pior maneira possível, afinal, ninguém disse que seria fácil. E se fosse, não teria graça! É isso que digo pra mim ao anoitecer tentando relaxar. Sei que há muitos profissionais com uma rotina desgastante fisicamente, mas a mente fica sã, vagueando. Uma cerveja com os colegas e o trabalho ficou pra trás. Eu durmo e acordo pensando nas mesmas pessoas, situações e coisas. Uma amiga diria que virei uma " workaholic"  eu prefiro acreditar que uma viagem ao nordeste resolverá tudo. Aquele sol, aquela brisa, aquela água esverdeada, preciso de férias - só isso!
Gerenciar mentes ilustres, que sacam de várias coisas, que antenam pra contatos, redes de facilitadores, que indicam e exoneram, que chantageiam, que ficam confabulando contra e a favor de alguns mas que no fundo são inocentes pra coisas simples, pra maldades idiotas, que eu, vivi na escola, e eles ainda tropeçam nisso hoje - dá trabalho.
 E o mundo que carrego, lamento informar a quem lê. É um mundo de fantasias torpes. Um mundo onde nada daquilo que parece é, e nem sempre o real partiu de um imaginário saudável e bom. Se a nossa mente tem poder, um dia eu posto aqui a reviravolta. Se o ditado antigo - Aqui se faz, aqui se paga! - ainda vale no novo século, tem muita gente com débitos altos a pagar nessa louca vida, nesse louco "Duelo de Titãs".

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Transmutar

Transformar exige um pouco de sabedoria e inteligência. Não é todo mundo que consegue mudar. Uma situação, o rumo, a si próprio. A força de vontade tão falada é importante, sim! Mas esse processo de transmutação e eu prefiro esse termo à transformação, pois transformar me parece radical, passa a idéias de acabar com uma coisa em prol de outra. Enquanto transmutar é você ir trocando de princípios, de opinião, de visão de mundo, de tudo. É um processo. Que no final, pode ou não ser considerado uma "transformação".
Ainda preciso transmutar e por fim transformar, e espero que continue assim por vários anos. Afinal ser completo e pronto deve ser um saco!
E falando em transmutar me vem várias coisas na cabeça que nem sei se consigo esplanar em termos simples, afinal, estive enferrujando nesses dias sem escrever.
Pensem como é simples o amor na infância e na juventude, acho esse o exemplo mais simples do que chamo de "transmutar", trocar uma coisa aos poucos pela outra. Se você lembra desses amores, de certa forma você hoje, já transmutou, sente um carinho, uma coisa de "parte do passado que é gostoso de manter", mas não é o mesmo amor, a mesma vontade de querer estar junto, de ter para si e para sempre.
Na adolescencia, vêm alguns traumas, um pé na bunda, um fora, um amor não correspondido, coisas que de repente façam com que essa "transmutação" seja inversa, e ao invés de carinho, se torne repulsa, raiva, mágoa. Mas mesmo assim, o sentimento mudou.
Quando adultos, vivemos naquela de achar que amamos, de vez em quando vem a dúvida, a liberdade dá saudade, e há uma confusão tão grande de sentimentos que só vai se saber se transmutou ou não lá pra frente, na velhice ou nunca nem saberá.
Precisamos transmutar energias e pensamentos a todo momento, afinal vivemos numa selva de gigantes, onde cada um quer seu espaço, sua posição e se possível esconder seus fracassos.
E tudo isso fica empregnado na atmosfera que respiramos, vivemos...e de certa forma contagia. Um pensamento 'negativo' contagia muito mais rápido que um positivo. Experimente chegar em um local e dar um simples "Bom dia!!!" alegremente, vão te achar doido, rico ou debochado mesmo. Mas se você adentrar o recinto com cara de exaurido de tristeza e dar um "é...mais um dia...." você automáticamente vibra na frequencia da energia predominante, a negativa.
Bem, como ia dizendo, preciso transmutar muitas coisas, muitas energias, muitas situações. E esse processo tem a sutileza de ser algo que só eu posso realizar. Não há no mundo alguém que o faça por mim.
Preciso de sorte! E claro, força de vontade "constante e crescente"!!!