quarta-feira, 12 de julho de 2017

Talvez um dia eu entenda a razão porque gosto de montar quebra-
cabeças.
E talvez eu saiba o porque o cheiro da canela me faz relaxar.
E o porque a sensação de estar conectada toma meu corpo quando meus pés descalços tocam o chão.
É impressionante o nosso despertar para a vida.
É extasiante a forma como as palavras voltam a povoar a mente.
Já não sou mais a menina-mulher que outrora começou a escrever suas letras.
Hoje eu vi o mundo! Eu vi o mundo com os olhos da alma.
Eu andei de metrô e eu senti cada pessoa que dividia o vagão comigo.
Pude notar suas angústias e suas tristezas.
Seus sonhos e suas conquistas.
Hoje eu respirei o ar mais puro que o pulmão humano pode sentir:
A liberdade de ser quem é.

Hoje eu voltei a um passado nem tão distante.
Aquelas ruas, quantas sensações!
Me lembrei menina, admirada com tantas coisas ali oferecidas.
Lembrei de como minha mãe encantava a distância percorrida.
E me vi em um futuro próximo contanto sobre essas sensações a um filho.

A cidade mudou, a minha história mudou.
Hoje não sou mais uma moleca saltitando nas calçadas da Rua do Ouvidor.
Hoje eu fui a pessoa mais livre que meu corpo e minha alma conseguiram ser.
Atravessei os novos trilhos que me levam ao futuro.
E disse "Bem-vinda ao lar, Bárbara"!