terça-feira, 17 de julho de 2012



Ninguém tem nada com isso com a forma que balanço meus quadris, tampouco com minha risada indiscreta, eu sou um pouco demais pra alguém compreender a olho nu.
É comum a sensação de já ter me visto, conhecido em algum lugar ou época.
Os homens remetem essas lembranças a lapsos de ressaca;
As mulheres, temem já ter perdido algum deles nesse jogo de interesses - quase sexuais.
Passos leves e firmes pela rua, às vezes, no entanto, parece louca rindo de si mesma quando se deixa invadir pela canção que ressoa ao fone de ouvido.
É uma liberdade, infinitamente melhor que voar...quando seus sonhos e você andam juntos, com fundo musical e ainda, como se ninguém os tivessem vendo.
Cantando e sorrindo lá vai ela - ou eu - quem sabe?
O cabelo ao vento, um jeito meio jogado de andar, mas ao mesmo tempo, tem aquele lampejo de que pode seduzir, é só direcionar.
O olhar, encoberto por um enorme óculos escuro, não a impede de ver a luz que emana e a que recebe.
Se a música pára, é como se o encanto se quebrasse, e o barulho da cidade a acorda para a rotina que grita.
Mas é só retornar o ritmo que ascende um brilho na alma, e as nuvens voltam a carregá-la nos braços.
O gingado das cadeiras vai tomando seu lugar, na cadência, no balançar...e lá vai ela... a atenção voltada pra si, com certo ar de curiosidade o mundo pára pra vê-la chegar ao seu destino.




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