terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

"Com o peso do mundo em minhas costas..."

Meus ombros hoje estão doendo. E não é uma dor apenas física, é algo a mais.
Sinto como se estivesse carregando um peso maior que poderia, uma tonelada de problemas diversos, parece que o mundo resolveu descansar nas minhas costas e eu tenho que acabar me fortalecendo e aguentando. É um jogo dúbio, onde você nunca sabe se está do time adversário ou joga a favor da equipe. Eu queria jogar, mas perdi a aposta. São precisos muitos anos de entendimento pra perceber as manobras dessa elite furada. E eu ainda queria ser a menininha que cresceu rápido demais e amadureceu mais rápido ainda. Acho que hoje, eu saberia viver a infância que perdi tentando ser a adulta que não quero ser hoje.
O dia-a-dia de um adulto nessa terra de gigantes não é fácil e muitas vezes eu queria voltar pra casa e dormir o dia inteiro. Tomar um Nescau de colherinha, ver sessão da tarde, fazer a lição de casa e bricar de queimada na rua ao anoitecer. Eu não percebi quão fácil era essa vida na época!!!
Ser quem eu sou dá trabalho. Sustentar a postura, aguentar a tortura de um salto, uma calça, um calor infernal. A monotonia do silêncio de uma sala vazia. Um estressante dia de trabalho com pessoas conhecidas e estranhas ao mesmo tempo. Equilibrar o profissionalismo com as amizades. Desafiar sua intuinção e cegamente confiar, esperando apenas o momento certo de ser sacaneado e ter que resolver tudo, sempre da pior maneira possível, afinal, ninguém disse que seria fácil. E se fosse, não teria graça! É isso que digo pra mim ao anoitecer tentando relaxar. Sei que há muitos profissionais com uma rotina desgastante fisicamente, mas a mente fica sã, vagueando. Uma cerveja com os colegas e o trabalho ficou pra trás. Eu durmo e acordo pensando nas mesmas pessoas, situações e coisas. Uma amiga diria que virei uma " workaholic"  eu prefiro acreditar que uma viagem ao nordeste resolverá tudo. Aquele sol, aquela brisa, aquela água esverdeada, preciso de férias - só isso!
Gerenciar mentes ilustres, que sacam de várias coisas, que antenam pra contatos, redes de facilitadores, que indicam e exoneram, que chantageiam, que ficam confabulando contra e a favor de alguns mas que no fundo são inocentes pra coisas simples, pra maldades idiotas, que eu, vivi na escola, e eles ainda tropeçam nisso hoje - dá trabalho.
 E o mundo que carrego, lamento informar a quem lê. É um mundo de fantasias torpes. Um mundo onde nada daquilo que parece é, e nem sempre o real partiu de um imaginário saudável e bom. Se a nossa mente tem poder, um dia eu posto aqui a reviravolta. Se o ditado antigo - Aqui se faz, aqui se paga! - ainda vale no novo século, tem muita gente com débitos altos a pagar nessa louca vida, nesse louco "Duelo de Titãs".

Um comentário:

  1. A final, quantos mundos existem.... pq não senti alívio nenhum qdo vc começou a carregá-lo tb.... e isso é uma puta sacanagem, deveríamos ir dividindo o peso a cada vez que mais alguém começasse a carregá-lo .... a verdade é que cada um vive em seu próprio mundo e por isso que pesa tanto, acabei de crer....
    Vou fazer o seguinte, deixar o meu de lado e pular pro seu, não pra ser mais um peso pra carregar, sim pra definitivamente vivermos no mesmo mundo, ao invés de só nos visitarmos. E se inevitável for carregá-lo, ao menos fica pela metade (tá vai, como bom cavalheiro fica por 70% 30%, rs)!!!

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