segunda-feira, 23 de abril de 2012

O futuro não é mais o que era antigamente

Talvez eu fosse mais feliz, não sei!
Mas meu sorriso era mais aberto, mais livre, mais riso!

O olhar era de um brilho
Que a pele iluminava,
e acho que meu ar de ingenuidade
era o que de melhor havia em mim

Pena o tempo não voltar atrás
E ao menos eu poderia saber
onde foi que perdi aquele viço de menina
Para dar lugar a esse peso de mulher

A essa mania de controlar o movimento,
o mundo, as coisas, os acontecimentos

Esse estado alerta crítico,
De adivinhar o que se passa na mente de quem me vê!

De analisar as questões sob uma ótica rígida
Que me rege
Sem que eu tenha noção nenhuma
De onde nem como tudo isso começou
Tampouco se terá fim

Os céus poderiam me conceder a graça de retroceder para prosseguir
Só às vezes...
Mesmo que meu íntimo não me permita tais momentos de fraqueza
Meu espírito clama por um amadurecimento necessário

Eu simplesmente acho
Que tudo não é mais como era antigamente
E que o futuro faz da gente
uma escultura grosseira daquilo que quando crianças
Não pensaríamos ser.

Nenhum comentário:

Postar um comentário