quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Cômodo vazio

E quando venho aqui, depois de tanto tempo
É como adentrar um cômodo vazio,
Onde as paredes têm uma alma sombria,
Repletas de lembranças,
tempos vividos,
Sentimentos que lá estão,
silenciados pelo passar dos dias.

É fácil reviver cada letra,
cada vírgula,
Difícil segurar a angústia que me causei
por tantas coisas
que fizeram tanto sentido

E hoje,
fazem sentir algum.
resta o eco
feridas mal cicatrizadas.

Cada ponto, cada canto,
cada curva,
dias de chuva.
De dúvidas.

Um cômodo vazio pede
nova decoração
novo coração.
Olho as paredes vazias e penso
em todas as cores que imaginei pra elas
Aquarelas...

Tudo que se materializou de mim,
E que agora aqui,
Existem como noutrora pensei,
E agora sei
Valeu a pena
Tanto papel e pena
Tanto sussuro noturno
Tanta rima,
tanto soluço.

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