quinta-feira, 12 de junho de 2014

Esperta

Sempre me vi GIGANTE perante a vida.
Minha mãe me ensinou a encarar as dificuldades como degraus.
Sorrir diante da dor.
Agradecer diante de desigualdades.
Não me abater com problemas.
Nem transparecer sofrimento.
Com isso, existem dois de nós (eu, ela e meu irmão).
Aqueles que somos na essência e aqueles que parecemos ser.

Minha mãe porém, não me ensinou a encarar as injustiças com indiferença.
E nem me treinou para ser alguém que não saiba fazer a diferença.
Eu fui criada para contemplar a natureza.
Para reconhecer Deus em cada canto da Criação.
Numa folha que cai.
Ou uma semente que germina no meio do concreto.

Sempre fui esperta.
E, pra ela, até demais.
Fui uma filha "rebelde" e "respondona".
Mas apreendi as lições em seus menores ensinamentos.

Vi fruta podre cair  sozinha.
Vi quem aqui fez, pagar.
Vi a Justiça Divina na prática, devolvendo ou dando àquilo de direito a cada um.
Conhecemos as adversidades, e, em algumas vezes, nos deixamos abater.
Porém, nossas fênix ressurgiram das cinzas várias e várias vezes.
Choramos, sorrimos...
E com a vida me fiz forte.

De todas as lições que me foram ensinadas,
Apenas uma não aprendi, e , confesso, não faço a menor questão.
A de ver os fracos suprimidos por àqueles que se acham os donos dos "cabrestos".
De ver a ingenuidade ser encarada como defeito.
Da bondade não ser mais uma virtude
E sim, sinônimo de tolice e ignorância.

Mas como sempre,
Vou esperar.
Sentada!?
Talvez.



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