sábado, 25 de dezembro de 2010

Eu nasci assim, eu cresci assim...

Essa típica frase ficou conhecida na música da novela/minissérie "Gabriela" e tudo bem que se aplique a vida de cada um de nós.
Tá certo que tem coisas em mim que eu gostaria de mudar, de melhorar, como ser humano, como mulher, como forma física. A personalidade é algo que com o tempo vamos forjando assim como um forjador molda cada espada, levando o aço as mais altas temperaturas, batendo fortemente, e repetindo esse processo até que haja a perfeição, para só então afiá-la de tal forma que um fio de cabelo possa ser partido ao cair em sua lâmina.
Não é um trabalho fácil. Como não é fácil SER.
Ser alguém, é misturar todo o processo de forjar de personalidade, é aprender com os erros e se aperfeiçoar a cada pancada que levamos. E vamos ano após ano sendo afiados, pra quê exatamente não sabemos. Mas no caminhar das emoções sabemos que traçamos o nosso melhor caminho. Sim, tem dias que fazemos a escolha errada ou mesmo a escolha certa no momento errado, mas isso é parte do processo...
Sempre fui uma menina "difícil" (que digam os garotos da época), de gênio "difícil", comportamento "difícil", sentimentalmente "difícil". Minha mãe prefere me definir como "rebelde". Eu digo que tenho personalidade! Eu sei o que quero, sempre soube. E até quando me perco dos meus propósitos ajo de tal forma que tudo pareça calculado para quem me vê.
Andei lendo as meninas do Corporativismo Feminino e tinha um post sobre o que você acharia do seu "eu" mais velho. Achei fantástico, primeiro porque às vezes falo sobre isso com amigas e em casa. Gente, quantas coisas hoje eu faço, que meu eu de ontem jamais imaginaria fazer. Tantas atitudes eu tinha antes que hoje, não sei porquê. E essa mudança, essa "forja" é tão sutil que nem percebemos o quanto nos transformamos naquele mostrinho que antes era asqueroso (nunca vou ser assim!rs) aos nossos juvenis olhos inexperientes.
Sempre fui muito sisuda, séria, CDF. Não minto pra mim, sempre dou "a opinião" (o que alguns consideram como crítica), olhei muito para os lados, lia a revistinha de fofoca, imaginando o que "os outros" pensariam se me vissem fazendo isso ou aquilo. Vivi temendo o fantasma da "mãe má", do "irmão que vigia", a verdadeira "menina mimada". A garota de pouca vida - a meu ver, hoje.

Atualmente, me importo cada vez menos com o que pensam de mim, e claro, que isso me trás problemas, mas eu ligo tantoooo....rs
Tem situações sérias que pedem atitudes sérias, mas fora isso, não ligo.
Quem convive comigo se preocupa mais do que eu. Se saio sozinha, se lancho com um amigo, se pego carona, se faço carinho...dane-se!!! É problema meu, e eu vivi muito tempo "represando" isso!
Não ligo de parecer "simpática" de mais, antipática de mais, irônica, pervertida (sim, me chamam de pervertida por eu falar certas bobagens...), fácil (por ser brincalhona, ainda mais com os garotos).
E vou mais longe, se o meu eu de ontem olhasse para meu eu de hoje, também concordaria. E isso me assusta um pouco, porque a cada dia eu descubro coisas em mim (que jamais imaginaria) que sempre condenei, e gosto de estar assim, de SER assim, de ter me forjado nesse molde.
Não tô nem aí pro que falam de mim, pra mim ou por mim. A única verdade que importa é aquela que descobrimos com nossas expedições internas ( e olha, que as minhas estão longas e prazeirosas!!) e aquilo que vivemos na pele. Conselhos são sempre bem vindos, mas ok! seguí-los é abrir mão da parte interessante, divertida e misteriosa dessa viagem que é a vida!!

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